Foi lá, no acanhado campinho da Floresta com suas desconfortáveis arquibancadas de madeira.
São Paulo x Vasco – Amistoso vespertino.
Jaguaré, o atlético goleirão, com seu gorro típo marinheiro exibia-se sorridente com defesas espetaculares. A torcida vaiava aquela exibição carioca e Fausto, o grande “center – alf” sorria em deboche provocativo”. O clima no entanto, era tranqüilo. Um revide só de vaias, numa demonstração comportada da rivalidade.
No 2º tempo, Freindenreich, com suas pernas finas e calções compridos, abaixo dos joelhos, num tiraço à meia altura, como era o estilo da época, ameaçou um canto da meta e quando Jaguaré se esticava para defesa, transferiu a pelota para o lado oposto. Jaguaré, desnorteado tentou retornar, mas era tarde porque as redes Vascaínas já balançavam.
O guapo goleiro foi socorrido na maca! e a platéia paulista vibrou com aquela proesa vingativa.
Ainda bem que naquele tempo, o palavrão não fazia parte do vernáculo e Brasília dormia num planalto inóspito e arruda era só usada como um amuleto atrás da orelha!
Anos depois, novo amistoso entre os dois times.
Waldemar de Brito, aquele que descobriu o Pelé, inspirado, foi o goleador único do sonoro 4 x 0 que o nosso Tricolor impôs ao mesmo Vasco de Jaguaré, Itália e Mola e ainda com o mesmo Faustão agora desconsolado no meio da sua defesa batida e abatida.
VIVA NÓIS!
Helio Motta Mello