sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O MAZEMBAÇO

Saudações Tricolores

Para quem esteve presente em 50 no Maracanaço, após vibrar com o maior espetáculo futebolístico do mundo, nos 6 a 1 contra os antipáticos espanhóis, que até recusaram a água do Rio de Janeiro- esse tremendo fiasco de Dubai é fichinha. No entanto, o desastre naturalmente ficará entalado e levará muito tempo para ser engolido.
Foi também um castigo merecido para aquele narrador gaucho que há dois anos atrás irradiou a peleja do São Paulo contra o Internacional, como se fosse uma cena da grande guerra mundial.
Que ele engula agora, toda a sua empáfia descabida.
Afinal,
Meu querido Presidente Juvenal
Escapamos desse fiasco monumental
E o castigo chegou rápido por sinal!
O meu abraço cordial!

Viva Nóis

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PUNTO E BASTA!

Saudações Tricolores


Puxa vida! a torcida está distorcida!
Pudera! está em moda antes da partida, o técnico, um cartola ou Capitão do time, fazer a seguinte indagação às arquibancadas:
Como é? é para perder ou pra ganhar?
O juiz apita o início do jogo e o centro-avante, no segundo toque, chuta direto no gol e faz 1x0... para o adversário.
Aplausos das duas camisas unidas e a bandeira do perdedor é levantada por aquele "desportista" que havia agredido o seu artilheiro, provocando a sua imediata dispensa do Clube.
Logo após, um grupo coeso e animado joga um objeto contundente na cabeça de seu goleiro. E protesta pela eficiência na defesa de sua meta! E o espera na saída para mais um corretivo.
Parece incrível, mas as autoridades policiam o "complexo" do torcedor!!!
Punto e besta, para não usar outra vogal tão apropriada.


Viva Nóis



Helio Motta Mello

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ATÉ TU BRUTUS!

Saudações Tricolores

Nosso quase ex- Presidente manifestou-se admirado com a expulsão de Miranda e Xandão no último domingo, lá em Itapevi. E insinuou descaso e falta de empenho.

Será que o desiquilíbrio esportivo entortou? Será que ninguém se lembrou de criticar primeiro o goleiro Felipe, ex- corinthiano? A televisão fartou-se em exibir a covarde atitude de um goleiro que recolheu seus braços numa pretensa defesa de sua meta, naquele jogo contra o Flamengo.

É verdade porém, que Brasília tem exibido feitos, fatos e fotos estarrecedores, dignos de "notas".

Ninguém estranha mais "ajudas e heresias" mesmo expontâneas e imprevistas. Nem aquela incômoda crítica direta do Fenômeno, tempos atrás, à respeito de consumo de aperitivos, provocou tanto espanto e ressentimentos.

Até tu Brutus? lanças uma dúvida sobre a conduta do meu querido Tricolor?



Viva Nóis



Helio Motta Mello

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O TORCEDOR ESTÁ LOUCO DE RAIVA?

Saudações Soberanas

Leia pausadamente o título e só pronuncie bem devagar, senão qualquer rapidez vai gerar afirmações impróprias.
Nesse manicômio do futebol atual, tudo pode acontecer. São Jorge por exemplo, teve um sério atrito com seu centenário equino e reclamou do tropeço jamais imaginado e não pára, não pára, de acalmar o fiel bando de loucos que protesta diretamente aos dirigentes para dispensar o professor que chegou à pouco de fora.(pausadamente)

Viva Nóis!

Helio Motta Mello

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SALVE-ME SÃO JORGE.

Saudações Soberanas!

O rico chaveiro do São Paulo, carinhosamente presenteado pelo meu amigo Leco, sofreu um ataque relâmpago. A dupla de bichanos recém moradores nesta casa são paulina, não permitiu o seu balançar na fechadura.
Preciso fazer uma lavagem cerebral nesses dois insanos, porque ouvi de um deles dizer para o outro: "não para, não para".
Santo Deus, salve-me São Jorge!
Aproveito o Blog para um recado ao Carpegiani: de 1999 para cá, muita coisa mudou.
É a inversão, que lamentàvelmente, está na moda. Hoje em dia determinadas fotos e poses são admitidas e até exaltadas para os dois sexos. A propósito, nós homens estamos perdendo a final da disputa.
Será que o careca do Serra, mesmo Palmeirense, vai inverter o resultado do jogo?
Se fosse concurso de feiúra o páreo seria muito mais duro mas em números de candidatura 2 x 1, para as mulheres.

Viva Nóis!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

CIPULLO ESSA QUEIXA EU NÃO ENGULO

"SAUDAÇÕES TRICOLORES"



Nesse jogo de Botcha, o bolim suplantou Felipão. Esse campeão deveria engulir a precipitação do Juiz pela sua decantada experiência de Campeão do Mundo. As suas desacerbadas declarações então, foram uma verdadeira lástima revelando que seu desespero era mesmo contra o próprio desastrado retorno. Até aqui, pelo menos.

O adversário interino, mais jovem e sereno ainda numa posição de equilibrista, exibiu sua técnica e montou a equipe com uma estratégia de ataque de sucesso. Confirmou , também, a acertada promoção do "ex-marcelinho". Parece-me que ele será uma reprodução do Kaká. Afinal, o tricolor merece o presente, não só pelos homens que tem como dirigentes, como também, pela sabedoria e inteligência das suas decisões.

O jovem Baresi, por certo vai receber todo o aplauso da nossa torcida, aposto!

Na Libertadores, ao menos não houve perseguição à cabelos coloridos, tampouco ameaça de invasão de campo! É por isso que eu repito 2 x 0 para o "Rei do Choque" e:



Viva Nóis!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ABAIXO A FIRULA

SAUDAÇÕES TRICOLORES!

A "ABCDEF" - Associação dos Boleiros, Cretinos, Desleais E Faltosos - informa que está proibida a Firula no Futebol Brasileiro, a partir do próximo dia 15.
Diante da recente canetada e colocação primorosa da pelota no canto do gol de seu ex-clube, não comemorada por Douglas, a ABCDEF, julgou essa jogada abusiva e desaforada, classificando-a como Firula Provocativa.
Dessa maneira, ficam sumariamente proibidas as exibições de qualidade técnica, dribles estonteantes, passos precisos, cabeçadas certeiras, chutes potentes, bolas colocadas, recúos estratégicos e defesas sensacionais nos campos brasileiros.
Aproveita a oportunidade, para prevenir os profissionais da bola, que a partir da data acima referida, quando se comemora "O Dia dos Grossos e Pernetas Violentos", tais jogadas serão consideradas faltas graves, sujeitas ao imediato cartão vermelho pela arbitragem.
Outrossim, está se dirigindo diretamente aos Srs. Ronaldinho Gaúcho e Robinho, que estão fora do país.
Considera ainda, inválidas todas as homenagens prestadas aos brilhantes e saudosos jogadores Garrincha e Canhoteiro e tantos outros, como o vibrante e jovem Neymar e seus companheiros, que despontam como os grandes craques da atualidade.
O quadro de árbitros também está sendo notificado desta disposição e à nosso pedido, agirá com extremo rigor no cumprimento a essa regra agora estabelecida.

JOÃO QUEBRAOSSO - Presidente Vitalício

"Viva Nóis"

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

LOUCOS...PERO NO MUCHO

SAUDAÇÕES TRICOLORES!

Parabéns Andrés! Levou cem anos mas você vai presentear a cidade , com o Itaquerão. Fielzão não soa bem, dê preferência à Toca dos Gaviões. Junto com o Palmeiras teremos, portanto, mais duas Arenas para o povão. A periferia merecia esse presente. Só falta a Portuguesa completar o seu estádio. Cavaco Silva poderia até contribuir.
Assim, o majestoso Morumbi continuaria ser a Arena de Luxo com suas acomodações VIPS, de natural escolha para grandes espetáculos e jogos internacionais. São Paulo então, mostraria ao mundo, toda sua pujança herdada do sangue dos Bandeirantes, pois também, é a cidade que acolhe o Brasil inteiro, além dos laboriosos irmãos italianos, japoneses, espanhois, alemães, árabes, israelitas, latinos enfim, todos que aqui chegam num congraçamento de amizade e carinho. É a famosa locomotiva que carrega a composição de vagões dormitório, restaurante, enfermaria e o cobiçado vagão pagador, agora já munido com acessórios adequados de meias, cuecas e bolsas femininas, convenientemente apropriadas para o transporte seguro e sigiloso de numerários de "ajuda" suspeita.
Esforçado Presidente: não vá se esquecer de reforçar a segurança dos portões e lembre-se dos sérios riscos enfrentados naquele jogo da Libertadores, contra o River Plate.

Viva Nóis!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O ESFORÇO DE GUERRA

SAUDAÇÕES TRICOLORES!

Ainda solteiro, tive a honra de participar do esforço de guerra numa grande indústria de São Caetano - Vila Prosperidade, produzindo granadas de artilharia sob o monitoramento de oficiais do exército.
Diariamente, servia-me do Augusto Genaro, velho taxista, mesmo com uma perna mecânica. Ele se encarregava do meu transporte. O gasogenio estava nascendo. O Augusto geria uma pensão na Avenida Rio Branco, onde sua família caprichava na cozinha italiana e eu a frequentava constantemente devido meus afazeres na cidade. A pensão era um reduto palestrino, onde se encontravam árbitros, jogadores recém chegados à São Paulo e o velho Cambon, eterno treinador interino dos periquitos.
O ambiente era amistoso onde se fazia um congraçamento esportivo.
Quando da estréia do Leônidas contra o Palmeiras, almocei nas vésperas, na pensão junto ao árbitro que iria apitar no Pacaembu. Naquele papo amigo e descontraido, esse conhecido juiz, saiu-se com esta: " O São Paulo, quando muito, só poderá empatar " e completou o que não convém relembrar. Recordo-me que no domingo, Carnera e Junqueira, cercavam o Leônidas com os dois braços abertos. O Tricolor perdeu por 2 x 1, com o segundo gol de Romeu, numa falha rebatida de Zaclis, reserva substituindo o titular.
Os braços daquela grande zaga suplantaram em muito, o agarra-agarra que assistimos hoje com frequencia, nos lances da pequena área.

Viva nóis!!!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PARABÉNS À VOCE!...ELIAS

Saudações Tricolores

No domingo, seu xará corinthiano castigou o meu querido Tricolor. Ontem, 26, voce destronou o Felipão disparando 3 tomates redondinhos na macarronada Palmeirense.
Nos meus 90 anos de torcedor, aprendi a engolir essas surpresas do futebol, enfrentando também decepções, mas saboreando muito mais as glórias do meu São Paulo.
O imprevisto do 3x0, por certo servirá de lição àquele Diretor Alvi-Verde, quando declarou numa entrevista na TV, que o São Paulo não era adversário, mas INIMIGO.
Esse termo não existe no esporte, salvo àqueles faltos de bom censo e educação!
O Muricy e o Antonio Carlos Zago devem estar com um sorriso irônico bastante significativo.

VIVA NÓIS!

Helio Motta Mello

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A taça das bolinhas

Saudações Tricolores!

Criou-se grande seleuma para a entrega dessa taça ao SPFC, seu lídimo conquistador.
Venho sugerir que o Tricolor aproveite o motivo e em homenagem à Mulher Desportista, ofereça-a a competente Patrícia Amorim, presidente do Flamengo.
Essa taça poderia inclusive, ficar exposta nas ricas e modernas instalações do Morumbi, ou ainda no Museu do Futebol do Pacaembu.
Representaria por certo, um gesto gentil da diretoria do Tricolor, a esse time de maior torcida do Brasil, que também como outros, até hoje não têm um estádio a altura de seus aficcionados, alojados humildemente nas desconfortáveis gerais de Estádios Municipais ou de outros da periferia, cedidos por competidores.
Esse gesto despreendido do Mais Querido, seria um justo premio aos, embora adversários de disputas esportivas, ainda não conseguiram erigir uma arena, pelo natural descaso de seus dirigentes.
Acredito que essa atitude marcaria mais uma nobre iniciativa, que só inaltece o Futebol do São Paulo e de São Paulo.
Viva Nóis!

domingo, 1 de agosto de 2010

O ESTÁDIO DA RUA DA MOÓCA

Saudações Tricolores!
O inesquecível Tenente Porfírio circulava no restrito gramado da Rua da Moóca, saudando a torcida são-paulina, então comandada pelo grande Manoel Raimundo Paes de Almeida.
Foi naquela incomoda e modestíssima arena, que o Tricolor me presenteou com façanhas inesquecíveis na disputa com seus tradicionais adversários.
Recordo-me com grande alegria do Armandinho, estufando as redes dos SUÍNOS, num sonoro placar saboroso de 4 x 0 . Lysandro, de nossa defesa, exibindo toda uma técnica debochada e rebatendo a uma bola disparada, aplicou com total precisão seu "bundal" amortecedor, irreverentemente curioso. Pelo que me parece, Maradona repetiu esse lance lá na Argentina.
Lyzandro, tempos depois, tornou-se autoridade policial costumeira nas partidas do Pacaembu.
Ainda no mesmo campinho, os INSANOS também sofreram os seus castigos, com a interrupção de uma série invicta. O São Paulo, com um time esfacelado, estreando um obscuro Valdemar, vindo direto da várzea e improvisando o Fiorotti, da defesa para a ponta direita, carimbou um indiscutível 2 x 1 e me lavou novamente a alma.
Tais proezas eu presenciei e até hoje me divirto com essas recordações.
VIVA NÓIS!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

OS DOIS HELENOS

Saudações Tricolores

Heleno de Freitas foi um grande goleador do Botafogo. Como artilheiro do Campeonato Carioca marcou 80/% de seus gols de cabeça. Era um centro - avante nato, que no fim da carreira, infelizmente deixou uma imagem de descontrole mental. Mas era uma grande estrela no time da Estrela Solitária.
Teve um companheiro na sua época, com o mesmo nome, outro centro-avante vindo do Rio para o São Paulo e que também tinha atitudes abirutadas como o seu xará famoso.
Numa partida no Pacaembú, calculo que há mais ou menos 50 anos atrás, o seu zig-zag mental provocou-lhe uma atitude sulrealista em pleno correr do jogo. Num momento imprevisto, abandonou a pelota e foi se sentar tranquilamente e imóvel, na lateral do campo. E lá ficou, talvez em protesto contra a sua própria piração.
Isso eu assisti surpreso e ignoro as naturais consequencias desse gesto inusitado.
Mais um testemunho das minhas andanças nos jogos do meu querido Tricolor.

VIVA NÓIS!

Helio Motta Mello

OS DOIS HELENOS

Saudações Tricolores


Heleno de Freitas foi um grande goleador do Botafogo

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A REVOLUÇÃO PAULISTA

Saudações Tricolores

Os jornais saúdam a data gloriosa de São Paulo e publicam o acontecimento desportivo da transformação do velho Parque Antárctica do Palestra Itália para a Arena Palmeirense, como mais um feito desta cidade que não pode parar!
O cliché estampado faz confirmar minhas recordações, quando ainda criança, assitia os jogos no reservado da Cronica, ao rés do gramado.
A foto confirma o que minha memória relembra com precisão as arquibancadas de madeira e os grandes jogos que lá presenciei.
Lembro-me especialmente de dois craques do Santos, Camarão e Siriri. Este, depois se transferiu para o meu querido Tricolor onde por sinal sofreu uma fratura da perna.
Certo domingo meu pai apresentou-me ao franzino Camarão que defendia como meia-atacante, as cores gloriosas do Selecionado Paulista. E foi ele o marcador de 1x0 sobre o Selecionado Uruguaio, já famoso naquela época.
Essa lembrança me traz a saudade dos meus tempos de criança, da Avenida Água Branca com seus postes no canteiro central, das Indústrias Matarazzo e dos malabaristas cobradores nos estribos dos bondes, registrando: "Blim Blim"! que o povo maldosamente completava: "Dois pra Light e um prá mim"!.
VIVA NÓIS

Helio Motta Mello

terça-feira, 25 de maio de 2010

A PARADINHA DE FREINDENREICH

Saudações Tricolores

Foi lá, no acanhado campinho da Floresta com suas desconfortáveis arquibancadas de madeira.
São Paulo x Vasco – Amistoso vespertino.
Jaguaré, o atlético goleirão, com seu gorro típo marinheiro exibia-se sorridente com defesas espetaculares. A torcida vaiava aquela exibição carioca e Fausto, o grande “center – alf” sorria em deboche provocativo”. O clima no entanto, era tranqüilo. Um revide só de vaias, numa demonstração comportada da rivalidade.
No 2º tempo, Freindenreich, com suas pernas finas e calções compridos, abaixo dos joelhos, num tiraço à meia altura, como era o estilo da época, ameaçou um canto da meta e quando Jaguaré se esticava para defesa, transferiu a pelota para o lado oposto. Jaguaré, desnorteado tentou retornar, mas era tarde porque as redes Vascaínas já balançavam.
O guapo goleiro foi socorrido na maca! e a platéia paulista vibrou com aquela proesa vingativa.
Ainda bem que naquele tempo, o palavrão não fazia parte do vernáculo e Brasília dormia num planalto inóspito e arruda era só usada como um amuleto atrás da orelha!
Anos depois, novo amistoso entre os dois times.
Waldemar de Brito, aquele que descobriu o Pelé, inspirado, foi o goleador único do sonoro 4 x 0 que o nosso Tricolor impôs ao mesmo Vasco de Jaguaré, Itália e Mola e ainda com o mesmo Faustão agora desconsolado no meio da sua defesa batida e abatida.

VIVA NÓIS!

Helio Motta Mello

quarta-feira, 19 de maio de 2010

1950 – MEU MARACANAÇO

Saudações Tricolores

Lá estive eu com todo desespero.
Até hoje passo a mão na cicatriz do ferimento de Gighia, sobre o comando de Obdulho Varela.
O carnaval antecipado transformou-se em cinzas.
Todavia, antes desse terrível acidente lá estive para presenciar O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA!
Vozes e mais de 100 mil brasileiros entoando uníssonas “Touradas de Madrid” – Caramba, Caramboles – Sou do samba – Não me amoles e aquela marchinha vibrando nas vozes do estádio inteiro.
Alegria, Carnaval e o Brasil todo, vibrando com o sonoro 6 a 1 de Ademir e seus mágicos companheiros. Baile esfuziante!
Os antipáticos espanhóis hospedaram-se no próprio navio por temerem a água do Rio de Janeiro! E tomaram esse banho histórico que ao menos, amenizou a ferida da partida final.
Até hoje sinto o beijo que recebi de uma gentil morena carioca, no ato do primeiro gol de Friaça, ponta direita do São Paulo que estreava no time canarinho. De camisa azul inexpressiva da bagunçada C.B.D.

VIVA NÓIS!

Helio Motta Mello

segunda-feira, 17 de maio de 2010

PAULISTAS X CARIOCAS – MELHOR DE TRES – SÃO JANUÁRIO – 1937

Saudações Tricolores

Afinal fui conhecer a Cidade Maravilhosa, após 12 horas sofridas num assento duro do Brás á Central do Brasil.
Meu querido tio, diretor do Botafogo, nos alojou, eu, meu pai e meu primo campineiro, nas arquibancadas do campo do Vasco em São Januário.
A façanha de assistir essa disputa costumeira, provocou-nos arrepios e grande sofrimento. Era mais uma disputa quase sempre decidida a favor da antiga Capital Federal. Constava que o sorteio das bolinhas, sempre eliminava os campos paulistas, porque os cariocas, malandros, gelavam a bolinha da sacola, não errando a escolha do campo carioca. Si no é vero...
O jogo começou e Lima, o baixinho meia do Palestra, com seu gorrinho verde, balançou as redes de Jurandir, (ex São Paulo), logo aos 6 minutos de jogo.
Eu e o primo paulista, com toda a inocência de jovens, fomos as duas únicas vozes de gritos e aplausos, naquele campo lotado. Mas ninguém nos apupou, talvez por considerarem uma virada imediata. E assim, decorreu todo o 1º tempo, com botinadas de Agostinho pelo Rio e de Pardal do São Paulo que estreava na ponta esquerda paulistana. Fogo no gramado!
O juiz, o famoso Mário Viana, concedeu no 2º tempo, 6 minutos de prorrogação, naquela noite inesquecível de glória.
A nossa meta ficou invicta e recordo-me do Patesko, famoso botafoguense também ponta esquerda, com seus petardos às traves de São Paulo.
O jogo terminou com o desconsolo e inconformismo da torcida e nós, meu tio e o primo campineiro, rindo por dentro e por fora. Meu pai não havia resistido o sofrimento e voltou para o hotel a 20 minutos do 1º tempo.
O retorno foi tranqüilo. Eu no estribo do bonde, não resisti a uma dor de barriga nervosa e fui obrigado a descer correndo para o WC de um bar.
Comemorei em tempo nossa vitória, sentado naquele trono incrivelmente desimpedido e limpo! Milagre de S. Sebastião...
Nem a visita ao Cristo e a beleza das praias, ficou tão gravada nos meus “anais”.

VIVA NÓIS!

Helio Motta Mello

sábado, 15 de maio de 2010

O PATO, O GANSO, O PAVÃO E O FRANGO

Saudações Tricolores!

Para completar este quarteto avícola, some-se o Bacurau, avante de passagem efêmera no ataque São - Paulino.
O Frango, porém é propriedade exclusiva dos goleiros do mundo inteiro.
Assisti lances históricos e um dos frangos que me arrependo de ter curtido, foi o do Zetti, quando no Palmeiras.
O simpático Neto fez-lhe engolir entre as pernas o petardo rasteiro com a camisa do São Paulo.
Não há “guarda-valas”, no mundo inteiro que não seja vítima dessa galinácea traidora. No meu modo de ver, a bola é que é megera e que castiga até os reis famosos do futebol.
Quando a pelota apronta uma das suas, até atinge a torcida.
Certa vez no “estádio” da Floresta, Mendes famoso por seu chute no ataque Tricolor, chutou por cima da trave um balaço que acertou um torcedor infantil na arquibancada.
O desventurado menino precisou ser atendido pela\ enfermaria!
Isso aconteceu há 80 anos atrás quando lá estive!... Pode?

VIVA NÓIS!

HELIO MOTTA MELLO

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O MEU DIA DE GLÓRIA

SAUDAÇÕES TRICOLORES!

Neste último dia 08 fui recebido no CT da Barra Funda por meu querido amigo Leco que me prestou mil honrarias.
Assisti o animado treino dos nossos craques e fui apresentado como o sócio nº 09, um dos mais antigos do Clube. As homenagens pela minha veteranice comemoraram os meus 90 anos do dia 1º.
Graças às amabilidades dos dirigentes, jogadores e funcionários, passei uma manhã inteira conhecendo as luxuosas instalações do CT.
A simpatia dos jogadores, técnico e dirigente, valorizou a minha festa de aniversário. Foi um grande presente do Leco, e veio glorificar a minha vida futebolística que desde 1929, junto ao meu saudoso pai, que como cronista era o arauto defensor das nossas cores.
Como já disse, assisti a inauguração do campo da Floresta na Ponte Grande (Bonde 29 / Vila Mariana).
Todos os nossos craques foram gentis e acolhedores e o Rogério Ceni, sempre amável ofereceu-me suas luvas autografadas. (Troféu disputado pelas minhas duas netas).
Fiquei imensamente feliz com a iniciativa da minha neta, minha filha e da querida amiga Juliana que, como fervorosas são-paulinas, providenciaram esta visita magnífica.
Renovo aqui o meu muito obrigado ao Leco e demais diretores do São Paulo presentes, jogadores, técnico etc. pela recepção festiva que me foi oferecida e pela apresentação do educado Fernandão.
Logo depois, o plantel viajou para B.H. e nos presenteou com o 2 a 0.

VIVA NÓIS!

HELIO MOTTA MELLO


segunda-feira, 10 de maio de 2010

São Paulo X Palmeiras : O Choque – Rei

Para mim, foi o Thomaz Mazzoni quem batizou este confronto .
O destacado cronista de “A Gazeta”, grande amigo de meu saudoso pai, também cronista esportivo que assinava “Anhanguera”, coincidentemente era nosso vizinho de muro, nos Jardins , na Rua Haddock Lobo. Não sei quantas dessas pelejas eu assisti mas três delas, de tempos atrás, ficaram retidas na minha memória, e uma é inesquecível.
Foi no Pacaembú, quando Renganeschi, nosso zagueiro, mesmo contundido foi fazer figura na ponta direita. Pelo que me lembro, esse clássico foi cheio de entreveros violentos e não eram permitidas substituições. Pouco antes do final do segundo tempo, numa bola perdida, o glorioso argentino balançou as redes do Palmeiras, mesmo mancando. Esse lance ficou na história e o registro, como uma vitória espetacular de sabor único.
Mais um grande resultado, foi no campinho da Rua da Moóca, pelo solene 4 X 0. Com dois ou três gols do nosso Armandinho, veterano meia. O outro jogo, mais recente, foi um gol decisivo na prorrogação, pela cabeçada chorada de Serginho Chulapa, já no Morumbi.
Como bom desportista, também absorvi as derrotas do tricolor. Consigo, por exemplo, reconhecer o gol injustamente anulado feito pelo Leivinha, no Morumbi. Tão reclamado pelo Palmeiras e que provocou celeumas na crônica esportiva. Mas o importante, e o que fica na memória, são os nossos inegáveis feitos.
Parece que hoje em dia ninguém mais fala de Choque-Rei!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Palmeiras x Vasco – 5 a 4 !

Argemiro era um crioulo parrudo até um pouco baixo para ser um grande alf – esquerdo. Pulou da Portuguesa Santista para o famoso Vasco e veio estrear num amistoso noturno no Pacaembu, contra o Palmeiras, lá por volta de 46/47, não preciso bem.
Eu e meu saudoso pai fomos assistir a peleja, dispostos a torcer pelo time paulista, embora veteranos São-paulinos!
Aquela noite sugeria uma partida disputada, Palmeiras de Viladonica e os cariocas com um grande time coeso e temido.
Bem atrás das numeradas, nós dois ocupamos uns degraus privilegiados, em instantes lotados por um enxame de Palestrinos fanáticos.
O jogo começou e o Argemiro ainda pouco conhecido, exibia os seus dotes como Djalma Santos, sem violência e com toda a técnica.
Um gol relâmpago do Vasco esfriou a Palestrada. E assim, quase em seguida, 2x0, 3x0, 4x0 e um só gol dos alviverdes. A torcida revoltada, no segundo tempo, gritava furiosa: “Quebra a perna desse F.P.” no desespero pelo placar.
Eu e meu pai não resistimos a essa loucura e tentamos condenar as ofensas ao Argemiro, talvez por um sentimento oculto de satisfação pelo score...Toda nossa disposição de torcida se invertera.
Mas para nosso castigo, o Palmeiras reagiu e em poucos minutos iniciou uma virada sensacional: 4x2, 4x3 e 4x4. A explosão dos Palmeirenses ao nosso lado, no empate, foi como uma bomba e um deles com um só dente superior, gritava gol tão perto de mim, que lhe sentia o gosto da porpeta ingerida! Em segundos estávamos irremediavelmente sitiados, ouvindo ofensas que fariam tremer os céus. Eram 2 contra 100, sei lá e não tínhamos onde enfiar a cara.
Foi quando Sá ponta direita vascaíno, balançou as redes bem no finzinho do jogo – 5x4!
Era a nossa vingança, pois naquele momento já havíamos virado cariocas.
Olhei pro lado, procurando o desdentado, mas os degraus atrás das numeradas já estavam vazios e a torcida furibunda em plena retirada.
Hoje, quando o “Parmera” vence o meu Tricolor só me resta o consolo de que meu neto está radiante. Mas vou deserdar esse maledetto!

Helio Motta Mello

Rogério Ceni – Uma defesa sem fair play

ROGÉRIO, esse exímio e exemplar desportista, meu grande ídolo, não fez e jamais fará essa defesa.
Foi no Campo da Floresta que testemunhei esse estilo condenado de jogada, como veterano sócio nº 9 do meu querido São Paulo.
Naqueles anos idos de Freindenreich, do gorducho Formiga, de Araken, de Nestor, Clodoaldo e Bartô, Milton, Bino e Arminana, de nossos brilhantes goleiros Joãozinho e Moreno, assisti empolgado esse lance da rebatida espetacular que alguns praticavam sobre as traves.
Foi o troncudo MORENO, com sua costumeira camisa rala, sem decorações que me propiciou ver esse lance sensacional até hoje não repetido. Nem por Planika, Yashin, Jaguaré, Tufy, Athiê, Nascimento, Uberdan e tantos outros que vi jogar. Posso dizer que naquela época essa defesa era até repetida.
Numa partida, naquele primeiro “estádio” do tricolor, MORENO a executou com todo o seu estilo, do que me recordo perfeitamente bem!.
É o que se costumava chamar de: “DEFESA DE MUNHECA” como resposta desrespeitosa e debochada aos chutes de meia altura dos atacantes adversários.
É por essa razão que o magnífico Rogério Ceni nunca a praticou, pois ele é o verdadeiro Símbolo de Desportista que merece admiração e respeito de todos nós.
Eu, que desde 1929 estive presencialmente nos campos de Futebol acredito que tenho autoridade para isso afirmar.


Helio Motta Mello

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Um Veterano São-Paulino na Itália

Abril de 1971 – Ainda sobre os louros do Tricampeonato de 70, lá fui eu e minha querida Ana realizar o sonho da Lua de Mel de viajar por toda a Europa que em 45, Hitler e Mussolini, me impediram de cumprir esse desejo.
Assim, aos 50 anos, desembarcamos em Barajas, na acolhedora Madrid, da Gran Via, de museus, castanholas e touradas. Foram oito dias de viagens encantadoras pelo Vale de Los Caídos, Sevilha, Valencia, Segóvia, do famoso Aqueduto e do Candido, com seu restaurante de Los Reyes. Excursões maravilhosas pelo país. Castanholas, bailarinas, sapateados de ciganos, arena de touradas e muita Paella tornaram-se dias inteiros de festa.
Logo em seguida Roma e, antes mesmo da Santa Sé e Vaticano, no dia imediato à chegada, numa excursão pela esplendorosa Costa Malfitana e a visita a Sorrento e ao espetacular azul solferino da Gruta de Capri. Que felicidade! Quanta alegria por ver e sentir de perto os milagres do Senhor!
A excursão num ônibus luxuoso e confortável carregava, quase totalmente, uma leva de idosos e “bengalantes” de loiros holandeses. Ana e eu, mais um simpático casal carioca em lua de mel, dois silenciosos japoneses e 4 falantes coroas argentinas completavam a lotação.
O esperto guia italiano, arrastando o português, logo nos identificou pela tez bronzeada do recente verão em nossas praias do Guarujá e Ipanema.
O ônibus seguiu pela Via Ápia e a primeira parada foi nas ruínas de Pompéia, para um lanche no restaurante fronteiriço. O divertido guia italiano nos previnira que em Pompéia quem não se chamasse Antonio seria Genaro!
Os garçons enfileirados, em semicírculo, aguardavam ansiosos os turistas com seus aventais brancos e blusas pretas. Formou-se uma rodinha na decida demorada dos idosos da terra dos moinhos, com os quatros brasileiros sempre sorridentes, os dois japoneses preparando suas fotos e as quatro hermanas estabanadas, mas educadas.
Do meio daqueles pingüins saltou um rapazola atrevido e num sorriso já irônico, furou a turminha e repentinamente dirigindo-se de surpresa a mim e sacou:
- “Lei é MEXICANO?” E olhou para os colegas sorrindo.
- “No”. Respondi-lhe já prevenido com o atrevimento.
- “Lei é ABISSÍNIO?” Com mais ironia e fazendo-me entender sua pergunta capciosa.Conclui sua intenção maldosa e ofensiva, e respondi secamente:
- “No”!
- “Te ricorda un ballo? Uno grande ballo?”.
- “Ballo? Que Ballo?” Assustou-se o italiano.
Respondi-lhe então, plenamente confortado.
- “Antô! Uno grande ballo! Quatri a uno, Antô! Sono brasiliano! Campeone Del Mondo!!!”
- “Quatri a uno, Antô!”.
Minha pobre mãe foi imediatamente atingida, mais um cacho de bananas! E a nossa mesa no restaurante não foi servida! E nem na volta das ruínas quando ainda lhe fazia sinal com os dedos. “Quatri a uno, Antô! Campeone Del Mondo!”.
Essa passagem valeu tanto quanto a maravilha divina daquele azul solferino!
Viva Nóis!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Quem quiser que conte outra

Tenho 80 anos de presença aos campos e sou filho de destacado cronista dos anos 1925/30, vou contar aqui algumas das mil histórias que minha memória relembra de jogos, resultados, jogadores e curiosidades desde 1929 quando acompanhava meu pai ao reservado da crônica no Palestra Itália e se comemoravam os gols jogando as palhetas para o ar. Na época, só se pensava nas partidas Rio x São Paulo. A data de 1929 me foi confirmada por uma publicação da Folha de um jogo do Corinthinas com o Bolonha. Assisti no reservado contra o Palestra e tenho idéia do escore.

Lembro também do Ferencvaros de listas zebradas nas meias. Sou sócio nº 9 do SPFC e acredito o mais antigo que nesses últimos anos se vale das delícias da TV.

Relatarei aqui para quem queira saber. Assisti Friendereich e vi o São Paulo nascer. Lembro também de Jaguaré, Fausto e Mola, e uma montanha de paulistas e cariocas., etc etc. Contarei minha versão. Quem quiser que conte a sua.

A bola, modestamente, está comigo mesmo.